domingo, 15 de junho de 2008

Janelas

Inconstância. Breve. Irregular. Curto. Tudo que nos recorda de alguma coisa que podia ser mais do que é, dar mais do que dá, ser mais constante e duradouro do que é.

Tudo tem um fim e é ele que ajuda a definir o início. É o que se faz durante que interessa.

Isto surge acerca da minha teima em não fazer as coisas de forma regular. E a auto-crítica omnipresente não perdoa. Lembro-me do que tantas vezes digo acerca de tanta coisa: se sentes falta de alguma coisa, saudades é porque já tiveste. Lembra-te sempre disso. De uma forma pouco linear, posso levar isto para a apreciação daquilo que é éfemero, irregular, incerto. Enquanto lá está, é lindo, é de ser fruído e sugado para acrescentar algo mais a este jogo de cabeçadas que é a vida. Uma forma de minimizar ou até aprender a apreciar um defeito?

1 comentário:

snowflake disse...

Quem determina quando é o início e o fim? Somos nós? Seres eternamente preguiçosos? Não! Também não é o calendário, não é um novo ano, não é um aniversário. Muitas vezes é um evento, uma situação, um momento, pequeno ou grande, mas é algo que nos muda. Idealmente, dá-nos esperança, uma nova forma de viver e olhar para o mundo, uma forma de deixar os velhos hábitos e as memórias antigas. O que é importante é nunca parar de acreditar que podemos ter um novo início. E nunca esquecer que há coisas que não devemos deixar partir. Devemos estar seguros, mesmo que por vezes duvidemos delas. Não desacreditar. Não desistir.

(; *